Muitas pessoas acreditam que essa diferença no comportamento ocorre devido ao grande número de pais solteiros, de mães que trabalham fora ou pelo excesso de acesso aos aparelhos eletrônicos, tais como: televisão, vídeo games, tablets e smartphones, mas não é bem assim. As crianças de hoje em dia não possuem o mesmo comportamento dos “bons e velhos tempos”, porém se os motivos citados fossem a explicação para essa divergência, não teríamos crianças desenvolvidas e com uma educação adequada que cresceram em lares modernos ou são filhos de mães super executivas, por exemplo.
Então, o que aconteceu?
Com o desenvolvimento da sociedade, desvencilhando-se de padrões tradicionais, as mulheres começaram a trabalhar fora e o comportamento de submissão ao marido foi sendo deixado de lado, as minorias passaram a exigir seus direitos e os empregados começaram a questionar e ser ouvidos pelos patrões. Com isso, o adulto foi deixando de ser um modelo de subserviência e obediência.
As crianças imitam modelos e o padrão de obediência absoluta não existe mais, o que pode ser visto de forma positiva, uma vez que “os bons e velhos tempos” talvez não fossem tão bons assim. O estabelecimento da igualdade como um direito humano não afeta apenas os adultos, mas também às crianças, que exigem um tratamento com igualdade e respeito e, por isso, se comportam de maneira diferente do que as de antigamente.
Porém, precisamos deixar bem claro que igualdade não significa “o mesmo”. A criança ainda não tem condições de vivenciar todos os direitos experimentados pela experiência e maturidade de um adulto, mas merece ser tratada em igualdade de respeito e dignidade, em uma atmosfera sem culpa, vergonha e dor, para que desenvolvam as habilidades de vida que necessitam e suas melhores potencialidades através da liderança e orientação dos adultos.