O objeto de transição é um item de apego emocional escolhido pela criança, normalmente com idade entre os quatro e seis meses de idade. Pode ser um paninho, naninha, chupeta, brinquedo, bicho de pelúcia ou até mesmo uma parte do corpo, como dedo ou uma mecha de cabelo. Algumas crianças acabam escolhendo seus objetos de transição mais tarde, por volta de um ou dois anos de idade. Já outras acabam por não ter objeto de transição, pois isso varia de criança para criança, e ter ou não um objeto não causa nenhum problema.
O objeto de transição foi estudado pela primeira vez pelo pediatra e psicanalista inglês, Donald Winnicott, e sua necessidade é devido ao bebê, nos primeiros meses de vida, considerar que sua mãe faça parte dele, assim como um braço ou perna. Com o desenvolvimento da individualidade, por volta dos quatro a seis meses, o bebê descobre que ele e sua mãe são pessoas diferentes e que sua mãe não está sempre presente para ajudá-lo a saciar todas as suas necessidades. Com isso, o objeto de transição dá a segurança que o bebê precisa para passar por esta fase tranquilamente, em especial na hora de dormir. Através dele, a criança sente-se segura para explorar as descobertas do mundo que a cerca, além de trabalhar os processos de afetividade, cognição, imaginação e criatividade.
Mas quando está na hora de deixar esse objeto? Normalmente, com o desenvolvimento da segurança pessoal por volta de quatro a cinco anos de idade, o objeto é deixado de lado gradualmente e substituído por outros interesses. Cada criança tem o seu tempo emocional (não cronológico) e isso deve ser respeitado. Se seu filho for muito mais velho do que isso e mantém o apego forte ao item escolhido, de forma que prejudique suas atividades, ou está sendo apontado por colegas na escola, vale apena procurar a ajuda do seu pediatra ou de um psicólogo especializado em lidar com crianças.
Por último, mas não menos importante, nunca jogue fora, doe ou esconda o objeto transicional sem o consentimento da criança, pois isso acarreta uma quebra de confiança entre você e seu filho, levando ao sofrimento da criança.
Vale lembrar que essas são apenas orientações. Qualquer dúvida sobre o assunto deve ser levada ao seu médico. 🙂