O teste do coraçãozinho serve para detectar precocemente doenças cardíacas congênitas graves e é realizado na maternidade em todos os bebês saudáveis que nasceram com mais de 34 semanas de gestação entre 24 e 48 horas de vida.
Algumas doenças cardíacas congênitas podem demorar alguns dias para se manifestar e o bebê, nesse período, pode ter um exame físico com ausculta cardíaca normal, por isso o teste do coraçãozinho é imprescindível para que uma criança com cardiopatia congênita grave não receba alta da maternidade sem os devidos cuidados.
O teste é bastante simples e o bebê não tem nenhum desconforto para realizá-lo. Para fazer o teste é colocado um oxímetro, aparelho que possui uma pulseirinha com um sensor de luz vermelha capaz de medir a oxigenação no sangue e frequência cardíaca, no punho direito e em um dos pés do bebê, o que dura de 3 a 5 minutos.
Todos os bebês que possuem uma saturação de oxigênio igual ou maior que 95% com diferença entre o sensor do pé e do punho menor que 3% passam no teste, ou seja, possuem baixa probabilidade de ter uma doença cardíaca congênita. Para os bebês que não passam no teste é necessário repetir o exame dentro de 1 hora. Caso o segundo exame confirme alguma alteração, o bebê deve realizar um ecocardiograma para esclarecimento do quadro em até 24 horas.
Algumas das cardiopatias que podem ser detectadas pelo teste do coraçãozinho são: atresia pulmonar, síndrome hipoplásica do coração esquerdo, coarctação de aorta crítica e transposição de grandes artérias.
Mesmo realizando o teste do coraçãozinho, todo o bebê deve ser criteriosamente examinado antes de sair da maternidade. Vale ressaltar também que o teste do coraçãozinho não exclui 100% a chance de um bebê ter alguma doença cardíaca, mas diminui consideravelmente o risco.
Teste do coraçãozinho: como é feito e para que serve?
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