A síndrome nefrótica é um problema renal que leva a perda de grande quantidade proteína através do xixi, o que faz a urina ficar espumosa (maior que 3,5 g/dia no adulto e 50mg/kg/dia na criança), acompanhado da diminuição de uma proteína específica no sangue chamada albumina (menor que 2,5g/dL) e inchaço no corpo, levando a um aumento considerável de peso. Normalmente, o inchaço é bem evidente no abdome e nas pálpebras pela manhã e ainda mais evidente nos pés ao final do dia. Associado a essa tríade de sintomas, ocorre também uma diminuição da quantidade de xixi, o colesterol e o triglicérides aumentam muito, a pressão pode ficar alta e a pessoa acometida tem tendência a uma maior coagulação do sangue.
A síndrome nefrótica nas crianças normalmente se inicia entre os 2 e 6 anos, com pico aos 3 anos de idade. Sua causa na infância muitas vezes é desconhecida, mas pode estar associada a outras doenças renais.
Após o diagnóstico, é necessário acompanhamento rigoroso com um nefrologista, composto de uma anamnese detalhada, exames físicos, laboratoriais e, às vezes, uma biópsia renal para guiar o melhor tratamento.
Para o tratamento é necessário o uso de medicações como corticoides ou outros imunossupressores de acordo com cada caso. Também é orientado, de forma complementar, que o indivíduo faça uma dieta com baixo teor de sal (sódio) associada ao uso de diuréticos para controlar o inchaço, anti-hipertensivos para controlar a pressão, medicações para baixar o colesterol e combate as infecções que podem ser mais frequentes.
Até 80% das crianças com síndrome nefrótica apresentaram recaídas (reativação da doença) durante alguns anos, as chamadas de descompensações, que vão se tornando menos frequentes com o passar do tempo. O prognóstico em crianças que respondem ao tratamento com corticoide é geralmente muito bom.
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