O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido como TDAH, aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a sua vida. Se caracteriza por sintomas como:
- Desatenção;
 - Inquietude;
 - Impulsividade;
 - Agitação;
 - Falta de concentração e foco.
 
É um transtorno que envolve alterações na região frontal do cérebro e suas conexões com o restante dele, além de estar associado a liberação errática de neurotransmissores como dopamina e noroadrenalina. Já é comprovado que existe um componente genético que pode predispor ao TDAH.
Acomete entre 2 a 18% da população geral dependendo do estudo, podendo chegar de 9 a 15% das crianças em idade escolar. Em geral, os homens são mais acometidos do que as mulheres.
A hiperatividade/impulsividade e o déficit de atenção podem apresentar de forma associada ou individualizada cada um dos componentes referentes a esses transtornos. Comumente, a hiperatividade vem associada a impulsividade e começa a ser notada por volta de 4 anos de idade, com pico aos 8 anos. São sinais de hiperatividade:
- Dificuldade de ficar sentado;
 - Movimentos repetitivos de pés e mãos;
 - Fala excessiva;
 - Interrupções frequentes;
 - Corridas inapropriadas;
 - Não permanecer na mesma brincadeira por um tempo mínimo.
 
No adolescente, há necessidade de uma visão mais atenta, pois a automutilação e o vício em tecnologia podem estar associados e dificultar o diagnóstico. Devido a fase do desenvolvimento em que se encontra, já apresenta maior propensão a drogadição, sexo não seguro e outros comportamentos de risco que, associados a hiperatividade, podem ser agravados.
O déficit de atenção normalmente é notado por volta dos 8 anos de idade, quando o prejuízo do foco e processamento cognitivo começam a impactar no rendimento escolar. São sinais de déficit de atenção:
- Não lembrar de fazer a lição de casa;
 - Evitar tarefas que requerem esforço mental;
 - Perder coisas ou não lembrar onde guardou;
 - Parecer não estar ouvindo (fica “no mundo da lua”).
 
Claro que todo indivíduo e principalmente a criança apresentam em algum grau os sinais descritos acima, então quando se preocupar? Vamos nos preocupar quando esses sinais não são adequados para a fase do desenvolvimento em que se encontra a criança, se iniciarem antes dos 12 anos de idade, ocorrerem de forma frequente em mais de um ambiente (escola e casa), persistirem há mais de 6 meses e causarem impacto na vida social.

