Todos nós, pais, mães, cuidadores ou professores, já mandamos ou tivemos vontade de mandar uma criança para pensar no cantinho do castigo, não é mesmo?! Mas será que isso é efetivo?
Vamos nos colocar no lugar da criança. Feche seus olhos e imagine que você desobedeceu aos seus pais. Agora, imagine eles esbravejando e mandando vocês pensarem sobre o que fizeram no cantinho do castigo. O que vocês irão pensar quando estiverem por lá?
Opção A: “Nossa, como essa pessoa quer o meu bem. Ela tem toda a razão, vou ser uma pessoa melhor daqui para frente!”
Opção B: “Precisa ficar gritando feito louca? Da próxima vez vou dar um jeito de não ser pego ou quem sabe me vingar!” ou “Nada do que eu faça está certo, eu não sou bom o suficiente!”
Acho a opção B muito mais coerente, e vocês?
Agora vamos mudar um pouco a situação. Vamos imaginar que os nossos filhos estejam muito nervosos, chorando e agitados. E se existisse um local na casa previamente pensado com livros, uma bolinha para apertar, almofadas, música relaxante e o que mais imaginarmos para tranquilizar a mente (telas não são uma opção aqui)? Após ser convidado para estar em um lugar em que podemos nos acalmar e relaxar para depois voltar a pensar em soluções possíveis, será que não ficaríamos muito mais aptos a cooperar?
O cantinho da tranquilidade pode receber um nome exclusivo pensado conjuntamente entre adultos e crianças. Não precisa ser um cômodo inteiro, apenas um lugar pré-determinado, e é importante que as crianças e os adultos possam utilizá-lo em um momento de estresse.
Ter um local em que podemos nos acalmar ensina autocontrole e a não tomar decisões intempestivas, além de promover autoconhecimento, solução de problemas e muito mais. Que tal preparar o seu cantinho da tranquilidade junto com as crianças? Depois não esquece de me contar como ele ficou ou de enviar uma foto.