Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) – como lidar?

Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) – como lidar?

Seu filho tem Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)? Temos aqui dicas valiosas que irão ajudar muito na melhora da doença.

Dica 1 – Falar a mesma língua: Pais e cuidadores devem sempre falar a mesma língua, ou seja, concordar com as mesmas regras e aplicar as mesmas rotinas diárias, mesmo convivendo com a criança em ambientes separados.

Dica 2 – Organização: É importante para a criança viver em uma casa organizada, com regras claras e rotinas pré-definidas. Os adultos devem ser os modelos de comportamento adequado para que as crianças possam seguir. 

Dica 3 – Dê ordens claras e objetivas: Ao dar as ordens, se imponha de forma clara e objetiva, sem grandes justificativas e sem prolongar a conversa. Olhe nos olhos da criança ao dar a ordem e assuma a postura de quem manda, mas não seja agressivo. 

Uma boa forma de dar ordens é aplicar a regra das escolhas limitadas. Nesse conceito, a criança parece ter uma escolha e, por isso, se sente encorajada e mais propensa a realizar as tarefas impostas, mas dentro da frase há uma ordem clara que está sendo dita de forma gentil e firme. Alguns exemplos são:

“- Está na hora de fazer a lição. Você quer fazer a tarefa na mesa da sala ou no seu quarto?”

“- É hora de escovar os dentes. Você quer colocar a pasta sozinho ou eu coloco para você?”

“- Agora vamos todos sentar na mesa para comer. Você prefere que eu monte ou seu prato ou você vai montar sozinho?”

“- Está na hora de dormir. Você prefere ler um livro ou cantar uma música na sua cama para ajudar a relaxar?”

Esse modo de agir inibe atitudes opositoras e vai ensinando a criança a respeitar a autoridade. 

Dica 4 – Encorajamento: Os castigos e punições funcionam a curto prazo e por isso são tão utilizados, mas a longo prazo são inefetivos, pois podem reforçar atitudes desafiadoras e vingativas nas crianças que possuem esse tipo de transtorno. Portanto, ignore os erros, foque nos acertos e elogie as atitudes corretas de forma a encorajá-la. Isso fará com que a criança se esforce cada vez mais para ter bons resultados. Alguns exemplos de encorajamento: 

 “- Vi que você se esforçou bastante para fazer a lição de casa.”

 “- Percebi que você caprichou para colorir este desenho.”

 “- Achei muito legal o seu empenho para tentar não brigar com os seus colegas na última semana.”

Dica 5 – Afeto: Todo ser humano quer se sentir aceito e amado, principalmente o seu filho. Separe um tempo do seu dia para estar junto dele brincando, dividindo experiências e dando risadas, de preferência sem celulares e tablets. Aumentar o vínculo afetivo com os pais traz um benefício imenso para a criança. Os pais devem tratar a criança com respeito e dignidade, sendo mais parceiros e menos diretores de operações, que distribuem tarefas e deveres sem proporcionar prazer, contato visual, companhia e parceria.  

Apesar de todas as mudanças comportamentais que os pais e a criança devem ter, normalmente orientados por uma psicóloga capacitada nessa área, não podemos deixar de pontuar o papel importante da escola. É necessário que o ambiente escolar possua profissionais capacitados para lidar com essas crianças, disponibilize treino frequente de habilidades sociais para funcionários (professores, assistentes, psicopedagogos e diretores), estejam sempre atentos a prevenção e manejo do bullying e ofereçam a família reforço escolar quando necessário. 

Algumas vezes há necessidade de acompanhamento com um médico psiquiatra, que irá somar esforços com as atitudes já tomadas, auxiliando assim no desenvolvimento e tratamento da criança. 

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