Covid-19

Covid-19

Previne: covid-19.

Taxa de proteção: varia muito conforme o tipo de vacina, número de doses tomadas e tipo da variante circulante. Hoje, com as vacinas disponíveis no mercado, há uma taxa de proteção geral entre 50,39% até 95%.

Quando vacinar: depende da vacina disponível. Já existem vacinas liberadas a partir de seis meses de idade.

Contraindicações: depende da vacina.

Reações adversas: as reações mais comuns são dor e inchaço no local de injeção, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, calafrios e febre.

  • Sobre a miocardite e pericardite (inflamação do músculo cardíaco e da estrutura que envolve o coração) após a vacinação com vacinas de mRNA em adolescentes e adultos jovens (vale ressaltar que não há casos relatados em crianças menores de 12 anos): os sistemas de monitoramento concluíram que existem poucos relatos dessa condição até o momento, a maioria leve e tratável, e que esses casos parecem ocorrer predominantemente:
    • em adolescentes e adultos jovens.
    • em homens.
    • após a segunda dose.
    • dentro de 4 dias após a vacinação.

É importante ressaltar que o risco de miocardite/pericardite após a vacinação existe, mas é raro. A possibilidade de o quadro ser causado pela covid-19 é muito maior, por isso agências regulatórias de vários países continuam recomendando a vacinação.

  • Com a vacina Fiocruz/Oxford/AstraZeneca, disponível para maiores de dezoito anos, raros casos de eventos adversos com formação de trombo têm sido reportados na literatura mundial, mas o perfil de risco benefício da vacina ainda é favorável. No Brasil, a taxa observada foi de 0,89 evento tromboembólico para cada 100 mil doses aplicadas, taxa inferior à esperada para a população em geral.

Diferença entre a vacina oferecida pela rede pública de saúde e a de clínicas particulares: no Brasil, apenas a vacina Fiocruz/Oxford/AstraZeneca está disponível nas redes particulares, enquanto todas as outras estão disponíveis no sistema público de saúde.

Um pouco sobre a covid-19:

Como já sabido pela grande maioria, a covid-19 é uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 da família dos coronavírus, que pode provocar desde um resfriado comum até sérias doenças, como acometimentos pulmonares severos, podendo levar à morte.

O coronavírus tem grande capacidade de mutação ao longo do tempo, como ocorre com a maioria dos vírus, e por isso suas mudanças são acompanhadas para que as medidas de saúde, como atualização de vacinas e reforços, sejam realizadas da melhor forma possível. Provavelmente, em 2023, já teremos vacinas que contemplem duas variantes de SARS-CoV-2.

Existem muitos tipos de vacina contra a covid-19. Algumas utilizam tecnologias clássicas, semelhantes as vacinas de vírus inteiros inativados, subunitárias proteicas, recombinantes e VLP, já outros utilizam novas plataformas de ácidos nucleicos (DNA e mRNA) e de vetores virais. Em todos os casos, o alvo dos imunizantes é a proteína S (spike), responsável pela ligação do vírus SARS-CoV-2 às células humanas.

Trabalhos demonstram que, com a instituição das vacinas para covid-19, cerca de 20 milhões de mortes foram evitadas entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021.

Muitos se perguntam: como foi possível desenvolver uma vacina tão rapidamente? O investimento em ciência e tecnologia foi a base de sucesso, mas vamos entender os passos de forma clara:

  • O que parece “novo” para a sociedade vinha sendo estudado a décadas pela ciência, primeiramente porque o coronavírus que provocou as epidemias de SARS e MERS no passado já era muito estudado e, não menos importante, precisamos entender que avanços tecnológicos na prática de produção de vacinas estão sempre sendo pesquisados e alcançados.
  • Já havia plataformas para obtenção de antígenos (essencial para produção de vacinas) bem estabelecidas.
  • Infraestrutura de escalonamento e produção de vacinas previamente montadas.
  • Parcerias e investimento financeiro em larga escala foram fundamentais para acelerar o desenvolvimento.

Hoje, 25% dos casos de covid-19 ocorrem em crianças e é falsa a percepção de que elas não precisam de vacina. Até junho de 2022, de acordo com a UNICEF, a covid-19 já foi causa de 5.376 mortes em crianças menores de cinco anos, e uma a cada cinco dessas mortes aconteceram no Brasil. Não menos importante, no país, de janeiro até outubro de 2022, houve mais de 12.500 hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) decorrente de covid-19, com 463 mortes confirmadas, sem contar complicações e sequelas, como síndrome inflamatória multissistêmica ou covid longa.

Hoje, a Covid-19 é a doença imunoprevenível, ou seja, que temos vacina para nos proteger, que mais mata, atingindo o número alarmante de 14 vezes mais do que todas as outras doenças para as quais temos vacina juntas. A covid-19 não é desprezível ou negligenciável em crianças. Vacinar é seguro, eficaz e salva vidas.

Quando se trata de vacinas, lembre-se sempre da frase “uma vacina não administrada é 100% ineficaz!” ( Dale W. Braztzler). Proteja o seu filho!

 

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